Pesquisa alerta para "epidemia  silenciosa" de problemas neurológicos causados por substâncias do  cotidiano que "corroem a inteligência e perturbam o comportamento" dos  pequenos
Do facebook da Sandra Santos
Neurotoxinas invisíveis
 São Paulo –  Autismo, déficit de atenção, dislexia, paralisia cerebral...A lista de  problemas neurológicos que afetam milhares de crianças em todo o mundo é  tão extensa quanto as ameaças ocultas do cotidiano que podem deflagrar essas disfunções.
 Estudo publicado nesta semana na revista científica The Lancet  Neurology alerta para "epidemia silenciosa" de perturbações neurológicas  infantis causadas por substâncias invisíveis presentes em roupas,  móveis e brinquedos.
 Segundo a pesquisa, feita pela Escola de Saúde  Pública de Harvard e a Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York, a  lista de químicos que, reconhecidamente, afetam o cérebro dos pequenos  duplicou nos últimos sete anos, saltando de seis para doze.
 São  produtos químicos tóxicos que “silenciosamente corroem a inteligência,  perturbam o comportamento, e minam as conquistas futuras das crianças,  principalmente nos países mais pobres, que têm pouca regulamentação a  respeito dessas substâncias”, avaliam os autores do texto, Philippe  Grandjean e Philip J Landrigan.
 Eles consideram que mesmo as atuais  regulamentações dos químicos são inadequadas para proteger as crianças,  cujos cérebros em desenvolvimento são particularmente vulneráveis aos  produtos tóxicos presentes no ambiente.
 1ª – Chumbo
 As  principais formas de contaminação pelo chumbo se dão pela ingestão de  alimentos ou água contaminados e por inalação de partículas de poeira da  substância.
 A exposição ao chumbo na infância está associada ao  desempenho escolar reduzido e com comportamento deliquente no futuro.  Segundo o estudo, não existem níveis seguros de exposição a essa  substância.
 
 2ª- Tolueno ou metil benzeno
 Esta substância  caracteriza o que ficou popularmente conhecido no Brasil como cola de  sapateiro, apesar de estar presente em outros tipos de colas, como as  utilizadas na marcenaria.
 Ela também é usada como solvente, em  pinturas, revestimentos, borrachas e resinas. A exposição materna ao  tolueno tem sido associada a problemas de desenvolvimento cerebral e  déficit de atenção na criança. 
 3ª- Metilmercúrio
 A  exposição ao metilmercúrio, que afeta o desenvolvimento neurológico do  feto, muitas vezes vem de ingestão materna de peixe que contém altos  níveis de mercúrio. Segundo o estudo, a vulnerabilidade do cérebro em  desenvolvimento à toxicidade do metilmercúrio é muito maior que a do  cérebro adulto. Os efeitos perduram por anos.
 Problemas apresentados  por crianças aos sete anos de idade ainda eram detectáveis com a idade  de 14 anos. Outros exames em pessoas expostas no pré-natal a quantidades  excessivas de metilmercúrio mostraram ativação anormal de regiões do  cérebro em resposta a tarefas de estimulação sensorial e motora. 
 4ª- Bifenilos policlorados – PCBs
 Esta família de produtos químicos tem sido rotineiramente associada à  função cognitiva reduzida na infância. Muitas vezes, estão presentes em  alimentos, principalmente peixes, carnes e lácteos contaminados, e podem  ser repassadas ao bebê pelo leite materno. Essas substâncias também são  encontradas em aparelhos elétricos velhos, onde agem como isolantes  térmicos. 
 5ª-Éteres de difenila polibromados (PBDEs)
 O  grupo de compostos conhecidos como polibromados éteres difenil (PBDE)  são amplamente utilizados como retardadores de chama, para proteger  móveis, tapetes e roupas.
 Experimentos sugerem que os PBDEs também  podem ser neurotóxicos. Estudos epidemiológicos na Europa e nos EUA têm  mostrado déficits de desenvolvimento neurológico em crianças com aumento  da exposição pré-natal a estes compostos. 
 6ª- Tetracloroetileno ou percloroetileno
 Em Massachusetts, nos Estados Unidos, uma pesquisa com ciranças que  foram expostas no pré-natal ao percloroetileno em água potável mostrou  tendência para deficiências na função neurológica e risco aumentado de  diagnósticos psiquiátricos.
 O tetracloroetileno é um líquido incolor  e volátil à temperatura ambiente. É usado como desengraxante de peças  metálicas, em lavagens a seco, na indústria têxtil, e produtos de  limpeza e de borracha laminada. 
 7ª-Bisfenol A ou BPA
 O BPA é  um composto usado na fabricação de policarbonato, que é utilizado na  produção da maioria dos plásticos rígidos e transparentes, e também na  produção da resina epóxi, que faz parte do revestimento interno de latas  que acondicionam bebidas e alimentos.
 Em 2011, a Agência Nacional  de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu proibir, no Brasil, a venda de  mamadeiras de plástico que tenham a substância. O BPA pode enganar o  corpo e fazê-lo pensar que é hormônio real. Na literatura média, tem  sido associado à diversos tipos de câncer e problemas reprodutivos, além  de obesidade, puberdade precoce e doenças cardíacas. 
 8ª-Clorpirifós e DDT (pesticidas)
 Estes inseticidas estão ligados a anormalidades no desenvolvimento  neurológico em crianças. Eles são proibidos em muitas partes do mundo,  mas ainda utilizados em muitos países de baixa renda. Estudos recentes  também o relacionam à doença de Alzheimer. No Brasil, a Agência Nacional  de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, em 2004, a industrialização,  produção, distribuição, comercialização e entrega de inseticidas de uso  doméstico e em ambientes coletivos à base do princípio ativo  clorpirifós. O DDT foi banido nos EUA na década de 70, mas ainda é usado  em alguns países. No Brasil, o uso do DDT foi proibido em 2009. 
 9ª- Fluoreto
 Eles está presente em cremes dentais e anti-sépticos bucais para  prevenir cáries, mas também é adicionado em inseticidas e venenos para  ratos. Um dos usos que ganhou fama nos anos 1960 foi o de adicionar a  substância em água, sob a crença de que a prática fortaleceria a saúde  bucal. Mais de 27 estudos com crianças expostas a níveis elevados de  flúor na água potável, principalmente da China, sugere um decréscimo  médio de QI de cerca de sete pontos. 
 10ª- Ftalatos
 Todo os  dias, milhões de células no nosso corpo morrem, e isso é perfeitamente  saudável. Estudos têm mostrado, no entanto, que químicos chamados  ftalatos também podem desencadear a "sinalização da morte" em células  testiculares, fazendo-as morrer mais cedo do que deveriam.
 Comumente  usados para dar mais flexibilidade aos plásticos, os ftalatos podem ser  encontrados por todos os lados – na cortina do box do chuveiro, em  cabos elétricos, na cobertura do chassi do carro e nos plásticos das  portas. Outros estudos ligam os ftalatos a alterações hormonais,  defeitos congênitos no sistema reprodutor masculino, obesidade, diabetes  e irregularidades da tireóide. 
 11ª- Arsênico
 O arsênico é  largamente empregado em processos de fundição de metais e na conservação  de madeira. Em seu estado elementar, o arsênico é um material cinza  sólido, frequentemente encontrado no meio ambiente combinado com outros  elementos. Seus compostos geralmente formam um pó branco ou incolor que  não tem cheiro ou sabor, o que dificulta identificação do tóxico em  alimentos, na água ou na atmosfera.
 Exposições pré-natal e pós-natal  ao arsênico em água potável contaminada estão associados com déficits  cognitivos em crianças com idade escolar e risco elevado doença  neurológica durante a vida adulta. 
 12ª-Manganês
 Um estudo  feito em Quebéc, no Canadá, expôs uma relação forte entre a concentração  de manganês nos cabelos das crianças e hiperatividade. Pequenos em  idade escolar que viviam próximo a areas de mineração e processamento do  minério, demonstraram diminuição da função intelectual, deficiência em  habilidades motoras e redução da função olfativa.
 Presente na água  potável em Bangladesh, por exemplo, este produto químico, usado para  fabricação de aço, tem sido associado à baixo desempenho em matemática,  função intelectual diminuída e déficit de atenção. 
 Fonte: http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/12-substancias-invisiveis-que-afetam-o-cerebro-das-criancas 
  
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