Normas de elaboração de um relatório de Avaliação
Autismo

Normas de elaboração de um relatório de Avaliação





O processo de prestação de serviços em Terapia Ocupacional utiliza o processo de avaliação, intervenção e resultados. Durante todo este processo estabelece-se uma relação colaborativa entre terapeuta e cliente.
Este processo inicia-se pela avaliação das necessidades, problemas e preocupações do cliente.
A avaliação centra-se na procura daquilo que o cliente quer e necessita para identificar os factores que actuam como apoios ou barreiras ao desempenho.
Desta forma, começamos a avaliação com a definição de um perfil ocupacional, ou seja, a compreensão da história ocupacional do cliente, padrões de vida diária, interesses, valores e necessidades (antecedentes pessoais, familiares e clínicos; descrição dos acontecimentos determinantes no percurso da vida; ocupações em que se envolveu ao longo da vida). A informação sobre o perfil ocupacional é reunida no início do contacto com o cliente, no entanto pode-se acrescentar mais informação ao longo de todo o processo.
Durante a avaliação também se faz a análise do desempenho ocupacional em que se identifica mais especificamente os problemas e as potencialidades do cliente (desempenho nas areas de ocupação, competências motoras, de processo e de comunicação interacção; funções e estruturas do corpo que contribuem para esse desempenho; caracterização dos contextos do utente e analise da sua influência no desempenho; indicação sucinta dos métodos e instrumentos de avaliação utilizados). Esta informação pode ser recolhida junto dos pais/ cuidadores, dos terapeutas e outras pessoas que lidam com o cliente. O desempenho deve ser observado no contexto para que seja possível identificar o que o suporta e o que o inibe.
As competências e padrões de desempenho, os contextos, os requisitos das actividades e os factores inerentes ao cliente são todos considerados, mas apenas os aspectos seleccionados podem ser especificamente avaliados. Os resultados pretendidos são identificados, definindo-se os objectivos a ser atingidos através da intervenção.
O terapeuta ocupacional para realizar um relatório de avaliação utiliza o Enquadramento da Prática da Terapia Ocupacional e o CIF (guião).



O terapeuta utiliza todos os aspectos do racicionio clínico e todas evidências disponíveis de forma a seleccionar ou construir quadros de referência para orientar a procura de mais informação avaliativa. Devendo realizar os seguintes passos:

· Síntese da informação do perfil ocupacional, especificando as áreas de ocupação e seus contextos que necessitam de intervenção;
· Observar o desempenho do cliente nas actividades desejadas, anotando a efectividade das competências e padrões de desempenho. Podendo usar avaliações especificas, conforme necessite;
· Seleccionar tipos específicos de avaliação para identificar e medir os contextos, requisitos de actividade e factores inerentes ao cliente que influenciem as competências e padrões de desempenho;
· Identificar o que suporta e inibe o desempenho;
· Descrever aspectos positivos (o que consegue, e o que está preparado para fazer) e fraquezas (limitações) no desempenho – descrever a funcionalidade;
· Elaborar objectivos a curto e longo prazo em colaboração com o cliente, que sejam dirigidos para os resultados esperados, confirmando as medidas de resultados a usar;
· Delinear uma potencial abordagem de intervenção, baseadas nas boas práticas e na evidência ( explicar à família a importância destas abordagens).




Bibliografia
· Curso Superior de Terapia Ocupacional: Regulamento de educação clínica ano lectivo 2008/2009, ESTSP.
· Faias, J. Enquadramento da Prática da terapia ocupacional: domínio e processo. Departamento de avaliação e intervenção terapêutica. Centro de estudos de ocupação humana. ESTSP. Março 2002



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