Autismo
Avaliação: ABC – MATRIX
A avaliação a crianças com PEA pode ser feita através do modelo de avaliação de contextos, ABC - Matrix, que “providencia à criança oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento baseada nos seus interesses e contextos reais da vida” (Dunst, 2004). Este modelo conceptual tem como componentes de avaliação, os contextos de aprendizagem/ desenvolvimento: são considerados o Familiar - actividades diárias e acontecimentos em que a criança e a família participam (rotinas, tarefas, acontecimentos sociais, brincar no interior e no exterior, tradições familiares); a vida comunitária - actividades e interacções da criança e da família (ida ao parque, actividades de recreação); programas de intervenção precoce – aqueles que ocorrem em centros de prestação de cuidados à criança (programa de educação pré - escolar); e em cinco características do comportamento da criança: interesses e recursos, comportamentos e interacções funcionais e significativas e oportunidades de aprendizagem e de participação. Nos interesses e recursos é importante não esquecer que os interesses incluem a forma como a criança empreende o seu tempo e em que actividades mantém a sua atenção; já os recursos incluem competências e os pontos fortes da criança assim como os comportamentos como sorrir, vocalizar, apontar, gatinhar, falar, saltar, alcançar. É de salientar que à medida que a criança usa as suas competências para participar em diferentes actividades está a fortalecê-las e aprender novas competências. As actividades que ocorrem nos contextos reais, experiências diárias onde a criança despende tempo, envolvendo-se em interacções com as pessoas e objectos, providenciam oportunidades para a criança aprender e expressar os seus interesses e recursos; adquirir comportamentos funcionais e significativos em contextos específicos, produzir um leque variado de competências sócio-adaptativas (Wilson e Mott, 2002).
(ESTSP-IPP, 2008)
A informação pode ser recolhida através da conversação, conduzida por algumas questões chave e é necessário ter em atenção a forma de abordagem discreta, aos cuidadores.
(Wilson & Mott, 2002)
Vários estudos demonstraram que o ambiente pode suportar, prevenir ou inibir o brincar da criança, isto é mais evidente em crianças com atraso de desenvolvimento, deficiências físicas, cognitivas ou com dificuldades de aprendizagem. O terapeuta ocupacional tem como objectivo criar formas de promover a brincadeira através dos recursos do ambiente, ou até modificando-o de acordo com as características da criança (Letts, Rigby e Stewart, 2003).
Referências bibliográficas:
. ESTSP-IPP. (2008). Slides disponibilizados pela Terapeuta Mónica Maia: Avaliação dos Contextos. . Letts, L., Rigby, P. e Stewart, D. (2003). Using Environments to Enable Occupational Performance. Slack Incorporated: Thorofare.
. Wilson, L. e Mott, D. (2002). Assess Based Context Matrix: An assessment tool for developing Contextually- Based Child Outcomes, Fipp-case Tools.
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