No  Dia Mundial de Conscientização do Autismo, acho que vale lembrar uma  conquista recente. Graças a um projeto que surgiu da pressão popular,  brasileiros com autismo agora têm os mesmos direitos de pessoas com  deficiência, para todos os efeitos legais. 
 
 Esta foto é de uma  visita que fiz ano passado a AMA-DF, uma entidade sem fins lucrativos  que atende pessoas autistas. Parabéns pelo trabalho solidário!                  
 
Romário em visita a um centro de atendimento de autistas no DF                                                 
Graças a um projeto que surgiu da pressão  popular, brasileiros com autismo vão ter os mesmos direitos de pessoas  com deficiência, para todos os efeitos legais. A Lei nº 12.764 cria a  Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do  Espectro Autista e foi sancionada no último dia 27 de dezembro pela  presidente Dilma Rousseff. A lei está sendo vista por pais e  especialistas como uma Carta Magna dos autistas no Brasil. A partir  dela, essas pessoas vão, por exemplo, ter direito a tratamento  multidisciplinar e diagnóstico precoce. 
Para o  deputado federal Romário (PSB-RJ) a nova legislação dará mais qualidade  de vida para os autistas e suas famílias. “Uma pessoa com deficiência  influencia a rotina da família inteira. Por isso é tão fundamental que  os responsáveis tenham horário especial de trabalho. Essa lei vai tirar  os autistas do limbo, porque antes elas não eram consideradas nem  deficientes, nem normais”, declarou o deputado.
 
No Brasil, não  há estatísticas oficiais sobre o transtorno funcional, mas segundo a  Associação em Defesa do Autista (Adefa), uma das que ajudou na  construção da proposta, cerca de 2 milhões de brasileiros têm o  problema. Segundo a entidade, o autismo chega a ser mais comum entre  crianças, que doenças como a AIDS e o diabetes. Para resolver o problema  da falta de estatísticas oficiais, o projeto cria um cadastro único dos  autistas.
Além de articular as ações de órgãos e  serviços em todos os níveis de governo nas áreas de saúde, educação,  assistência social, trabalho, transporte e habitação, o texto aprovado  prevê punições para atitudes discriminatórias, como multa de três a 20  salários mínimos e sanções administrativas para o gestor escolar que  recusar a matrícula de aluno com autismo. A regra vale até mesmo quando  não houver mais vagas nas instituições de ensino. Em casos de  "comprovada necessidade", o estudante com o transtorno deve ser incluído  nas classes comuns de ensino regular. Se houver reincidência pelos  professores ou outros integrantes da escola, preservado o direito ao  contraditório e a ampla defesa, está prevista a perda de cargo por meio  de processo administrativo.
Um dos grandes desafios do  Brasil em relação a pessoas com autismo é a falta de profissionais  capacitados para atuar na área, inclusive médicos. A esperança dos pais é  que como o projeto estabelece a criação de centros de tratamento  multidisciplinar em todo o país, force essa capacitação. “O período mais  importante para tratamento é 0 até os 5 anos, mas a gente fica  perambulando pelos consultórios. Quando a gente consegue o diagnóstico,  já se perdeu um tempo precioso. Como o problema não tem cura, quanto  mais cedo a estimulação, mais chance essas pessoas têm de  desenvolvimento”, alerta Berenice.
 “Para nós,  pais que temos filhos com autismo, é um marco que encerra um período de  pessoas abandonadas, que viviam enclausuradas em suas casas. A partir da  aprovação [do projeto], a história de sofrimento e dor acabou.”  comemorou o militar Ulisses da Costa Baptista, um dos fundadores da  organização não governamental Mão Amiga, do Rio de Janeiro, e pai de  Rafael, de 16 anos. Ele ressaltou que a mobilização dos pais foi  fundamental para que a lei fosse aprovada em dois anos, tempo  considerado rápido para a tramitação de projetos no Congresso. “ Os pais  agora tem um instrumento legal e fazer esses direitos saírem do papel  só depende agora que eles continuem engajados”, disse.
Autismo - O autismo, definido em 1943 pelo psiquiatra austríaco, Leo Kanner, é  um transtorno que compromete a capacidade de comunicação e  desenvolvimento de relações sociais do indivíduo, que passa a se  comportar de modo compulsivo e ritualista. É diferente do retardo mental  ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham  essas patologias. Os especialistas ainda não sabem explicar a grave  dificuldade de relacionamento dessas pessoas.
Texto da Agência Brasil (com modificações)
 
Fonte: http://www.romario.org/noticias/item/465-aprovado-projeto-que-garante-a-autistas-os-mesmos-direitos-de-pessoas-com-defici%C3%AAncia 
  
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