TDAH e educação escolar
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TDAH e educação escolar




O Transtorno de deficit de atenção e hiperatividade, TDAH, é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, que aparece na infância e, frequentemente, acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Caracteriza-se pela combinação de alguns sintomas que podem ser percebidos no comportamento do educando:





Relacionados à desatenção:

• Não prestar atenção a detalhes;
• Dificuldade para concentrar-se;
• Não prestar atenção ao que é dito;
• Dificuldade em seguir regras e instruções;
• Desviar a atenção diante de outras atividades;
• Não concluir o que começa;
• Desorganização;
• Evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
• Perder coisas importantes;
• Distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo, inclusive com o próprio pensamento;
• Esquecer compromissos e tarefas;
• Entediar-se com tarefas complexas, esquecendo-as.








Relacionados à hiperatividade e impulsividade:

• Ficar mexendo as mãos ou os pés quando sentado;
• Não permanecer sentado por muito tempo;
• Pular, correr excessivamente em situações inadequadas;
• Sensação interna de inquietude;
• Ser barulhento em atividades lúdicas;
• Constante agitação;
• Falar em demasia;
• Responder perguntas antes de concluídas;
• Dificuldade para esperar a vez;
• Intrometer-se em conversas ou jogos dos outros.





Para ser caracterizado o TDAH, o aluno precisa apresentar os sintomas constantemente e nos ambientes que frequenta, não somente na escola.
Assim sendo, o transtorno será confirmado se:





• Os sintomas são suficientemente graves para prejudicar o aprendizado;
• Estão sempre presentes;
• São inconsistentes com o nível de desenvolvimento do aprendente;
• Persistem por seis meses ou mais;
• Os sintomas estavam presentes antes dos sete anos de idade;
• Os sintomas são observados tanto na escola quanto em casa;
• Não existem evidências de patologias que possam fomentar os sintomas.





O TDAH apresenta-se de três formas: combinada, predominantemente hiperativa/impulsiva ou predominantemente desatenta. Em todas as formas, há déficit na capacidade de priorizar o foco da atenção, sustentá-lo; regular o estado de alerta e o esforço; administrar as frustrações, regulando as emoções e as ações. Ele é fortemente influenciado pelos genes herdados, todavia, fatores ambientais podem incrementar os sintomas.
Ao longo dos anos, muitas toxinas ambientais têm sido envolvidas em hipóteses para a explicação dos sintomas de TDAH: fatores nutricionais, envenenamento por chumbo e exposição pré-natal a drogas ou a álcool. Ao professor ou professora não cabe diagnosticar, somente avaliar pedagogicamente seu aluno e conversar com os pais. Isso se aplica a qualquer transtorno. O diagnóstico é feito por meio de entrevista clínica com um especialista, utilizando-se critérios definidos.

O cérebro é um órgão cujas partes apresentam grande interligação, onde todas as áreas precisam estar funcionando adequadamente. Há indicações de que pessoas com TDAH possuem alterações em neurotransmissores, substâncias que passam as informações entre as células nervosas, especificamente, no controle de liberação da dopamina e da noradrenalina. São importantes neurotransmissores na região anterior do cérebro, o lobo frontal, e suas conexões para vários outros locais. O lobo frontal e suas conexões são responsáveis pela:





1. Capacidade de manter a atenção;
2. Capacidade de se estimular sozinho para fazer as coisas;
3. Capacidade de manter a estimulação, sem perder o interesse;
4. Capacidade de fazer planejamentos, estabelecendo objetivos;
5. Capacidade de concentrar-se no que se está fazendo, protegendo-se de estímulos externos e internos;
6. Capacidade de controlar a movimentação do corpo, emoções e impulsos;





É pertinente ao professor ou professora a compreensão de que as dificuldades do aluno com o TDAH nem sempre são decorrentes de habilidades a serem aprendidas ou da falta de interesse. Decorrem das atividades naturais das redes neurais complexas do cérebro, pois o transtorno afeta pessoas em todos os níveis de inteligência.





Orientações para o professor

• Propor atividades que façam sentido para o aluno;
• Estabelecer e organizar rotinas de trabalho;
• Privilegiar trabalhos curtos, realizando uma tarefa por vez;
• Oferecer sempre ao aluno o retorno positivo sobre seu desempenho, para mantê-lo focado na atividade escolar;
• Estimular a comunicação;
• Cooperar nas suas atividades;
• Trabalhar em consonância com a família;
• Permitir que o aluno faça sugestões;
• Estimular a organização do tempo e do material de trabalho;
• Utilizar tecnologias que despertem o interesse e mantenham o foco de atenção;
• Evitar tarefas monótonas e repetitivas;
• Evitar tarefas extremamente longas, como, por exemplo, pedir ao educando que copie da lousa um texto demasiadamente extenso;
• Utilizar a afetividade e o interesse do aluno na construção do currículo;
• Compartilhar tarefas e estimular trabalhos em grupo.





Transcrito de CUNHA, Eugenio. Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade. Rio de Janeiro: WAK, 2011.
fonte: http://creativeideias.blogspot.com.br/2012/01/tdah-e-educacao-escolar.html 



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