A  criança hiperativa mostra um grau de atividade maior que outras  crianças da mesma faixa etária. Ou seja, há um grau usual de atividade  motora que é padrão em crianças - que não é hiperatividade patológica.A  diferença é que a criança hiperativa mostra um excesso de  comportamentos, em relação às outras crianças, mostrando também  dificuldade em manter a atenção concentrada, impulsividade e Ansiedade,  inquietação, euforia e distração freqüentes podem significar mais do que  uma fase na vida de uma criança: os exageros de conduta diferenciam  quem vive um momento atípico daqueles que sofrem de Transtorno do  Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), doença precoce e crônica  que provoca falhas nas funções do cérebro responsáveis pela atenção e  memória.
Dicas para o professor lidar com hiperativos 
-  Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a reverberação do som é  maior. Eles devem ficar nas primeiras carteiras das fileiras do centro  da classe, e de costas para ela; 
-  Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com  TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina; - Afaste-as de portas e janelas para  evitar que se distraiam com outros estímulos; - Deixe-as perto de  fontes de luz para que possam enxergar bem; - Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual; - Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só período;- Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu; - Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre aulas ou durante tarefas longas e reuniões;  -  Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar  materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos. Assim ela pode sair da  sala quando estiver mais agitada e recuperar o auto-controle; - Esteja sempre em contato com os  pais: anote no caderno do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes  diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações; - O aluno deve ter reforços  positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar sua auto-estima.  Procure elogiar ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso; - Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula pequenas. Um professor para cada oito alunos é indicado; - Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte de fora do grupo; - Proporcione um ambiente acolhedor,  demonstrando calor e contato físico de maneira equilibrada e, se  possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude; - Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno; 
-  Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favoreça  oportunidades sociais. Grande parte das crianças com TDAH consegue  melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio  de grupos pequenos; 
-  Adapte suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as  deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo: se o aluno  tem um tempo de atenção muito curto, não espere que se concentre em  apenas uma tarefa durante todo o período da aula; 
-  Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais  da comunidade. Avaliação freqüente sobre o impacto do comportamento da  criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante. 
-  Coloque limites claros e objetivos; tenha uma atitude disciplinar  equilibrada e proporcione avaliação freqüente, com sugestões concretas e  que ajudem a desenvolver um comportamento adequado; 
- Desenvolva um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos; 
-  Repare se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas.  Isso pode ser um sinal de dificuldades: de coordenação ou audição, que  exigem uma intervenção adicional. 
-  Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes  (som, visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com  TDAH. No entanto, quando as novas experiências envolvem uma miríade de  sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno  provavelmente precisará de tempo extra para completar sua tarefa. 
-  Não seja mártir! Reconheça os limites da sua tolerância e modifique o  programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O  fato de fazer mais do que realmente quer fazer, traz ressentimento e  frustração. 
-  Permaneça em comunicação constante com o psicólogo ou orientador da  escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.