As crianças TDAH representam o maior desafio para pais e professores. É  um problema persistente e crônico, devendo ser administrado dia-a-dia  durante a infância e adolescência. Desatenção, agitação, excesso de  atividade, emotividade, impulsividade e baixo limiar de frustração  afetam a integração da criança com todo seu mundo em casa, na escola e  na comunidade em geral.
      Os  relacionamentos são muitas vezes prejudicados pelo stress provocado pelo  comportamento inconstante e imprevisível. O desenvolvimento da  personalidade e o progresso na escola também são afetados de forma  negativa. Os problemas ocorrem da pouca habilidade da criança e nas  exigências impostas à criança pelo ambiente. 
     Os pais percebem o problema quando a criança tem três ou quatro anos de idade, às vezes antes disso. 
Na  pré-escola os pais percebem os filhos como impacientes, sempre “a  toda”, agindo como se dirigidos por um motor, freqüentemente subindo  pelas paredes e se intrometendo nas coisas. Persistentes em suas  vontades, necessitados de atenção paternal e geralmente instáveis quanto  à sua curiosidade sobre o ambiente, os pré-escolares portadores de TDAH  geram um desafio definitivo às habilidades de manejo de crianças por  parte de seus pais, particularmente por suas mães. Requerem  monitoramento freqüente, às vezes devem ser contidas, para permitir que  os pais completem suas tarefas domesticas que requerem atenção total.  Exibem tristezas, tornam-se irritadas com rapidez, desobedientes as  instruções dos pais, podem ser desafiadores ou opositivas.Na idade  escolar alem dos transtornos em casa a criança sentirá um peso maior  relacionado à interação social. Aqui começam a se manifestar as  dificuldades nas habilidades sociais. 
     Algumas pessoas com TDAH  têm a auto-estima abalada pela rejeição que sofrem dos outros que não  compreendem seus problemas. Enquanto outras podem apresentar uma imagem  irrealisticamente positiva de si própria em relação a outros e, nesse  sentido, foi verificado que superestimam suas habilidades e a capacidade  de obter êxito em uma tarefa quando solicitadas de antemão, sendo  definidos por alguns como arrogantes; esforçando-se para serem mais  queridas e avaliadas mais positivamente pelos outros, temem admitir que  não sejam tão bons como acreditam e sentem-se obrigadas a assumir essa  tarefa. 
Identidade, aceitação  pelo grupo, namoro e desenvolvimento físico surgem como uma segunda  fonte de necessidades e ansiedades para os adolescentes. Desenvolve-se  em alguns casos depressão, baixa auto-estima, diminuição de expectativas  de sucesso futuro e preocupações sobre conclusão dos estudos e  aceitação social. Inicio das relações sexuais com grande risco de não  usar preservativos. Problemas de direção de veículos, multas e acidentes  podem ocorrer com maior facilidade. Necessitando maior supervisão dos  pais para prevenir resultados negativos. 
   Os maiores problemas de nossas crianças continuam a ser que uma grande  porcentagem daquelas com transtornos legítimos e com necessidade de  tratamento não são encaminhadas, diagnosticadas. 
Essas  crianças são menos maduras em seu raciocínio moral. Elas parecem não  aprender com erros do passado e possuem uma visão míope do futuro.Eles  podem ver e lidar apenas com eventos que estão facilmente à mão e não  com aqueles que se encontram muito a frente. Pode-se dizer que são cegos  para o tempo, ou que apresentam algum tipo de síndrome de negligencia  temporal, estando menos cautelosos e atentos a durações do tempo e do  futuro que se encontram à sua frente. Isso pode fazer com que eles não  cumpram promessas, encontros desmarcados, prazos perdidos podem  comprometer imediatamente o julgamento negativo e imperdoável de outros.  Por outro lado, não parecem tão limitados pelo medo do futuro como  muitos de nós. E culpá-los por seus problemas de antecipação e  planejamento do futuro é como culpar um surdo por não ouvir ou cego por  não enxergar e infelizmente é o que a nossa sociedade faz com essas  pessoas. Respondemos incrédulos quando nos dizem que uma pessoa com TDAH  não entendeu completamente as conseqüências de seu comportamento,  dizendo que é pretexto para não assumir sua responsabilidade. Rotulamos  essas pessoas de descuidadas, negligentes, inseguras ou aventureiras e  as enxergamos como imaturas. Julgamo-las responsáveis por sua aparência  descuidada e punimo-las de acordo, por vezes severamente. Há evidencias  de que eles poderão não escolher, na vida, caminhos que envolvam  sacrifício imediato para recompensas em longo prazo.São mais capazes de  se tornarem sexualmente ativos mais precocemente que outros  adolescentes; São menos capazes de empregar métodos anticoncepcionais  durante as relações sexuais (facilidade de gravidez e doenças  sexualmente transmissíveis); tudo isso em função da incapacidade de dar o  devido valor ao futuro e às conseqüências posteriores às ações atuais;
   Tem dificuldade de adaptação em situações nas quais precisam ser frias,  calmas, não emocionais, e objetivas. Nossa sociedade nos cobra que  ficamos calmos e racionais, e, freqüentemente os que demonstram tal  habilidade são recompensados com maior status, prestigio  responsabilidade e até mesmo maiores salários; 
Pessoas  com TDAH não conseguem criar motivação individual, interna ou  intrínseca tão bem como os outros; e por isso não persistem em  atividades, planos, objetivos ou instruções. Portanto, elas precisam de  motivação do ambiente ou uma tarefa para ajudá-los a se manter na  atividade. E se isso não acontecer (motivação externa) eles irão se  despreocupar, abandonar a atividade, não porque sejam preguiçosos, mas  devido a um problema biológico com funcionamento dessa porção do  cérebro.
DIFICULDADE PARA MANTER A ATENÇÃO:
  Pessoas com TDAH têm problemas  para fixar sua atenção em coisas por mais tempo que outras. Elas lutam  para manter sua atenção em atividades mais longas que as usuais,  especialmente aquelas mais maçantes, repetitivas ou tediosas. 
  Tarefas escolares  desinteressantes, atividades domésticas extensas e palestras longas são  problemáticas, assim como leituras extensas, trabalhos desinteressantes,  prestarem atenção a explicações sobre assuntos desinteressantes e  finalizar projetos externos. 
Quanto  mais velhas ficam, mais devem ser capazes de realizar tarefas  necessárias, porém desinteressantes, com pouca ou nenhuma assistência.  Aquelas com TDAH ficarão atrás de outras crianças nessa capacidade,  talvez em algo em torno de 30% ou mais. Por exemplo: uma criança de 10  anos com TDAH pode ter um período de atenção equivalente ao de outra com  sete anos de idade sem TDAH. Isso exige que outros participem,  auxiliando a guiar supervisionar e estruturar seu trabalho e seu  comportamento. Portanto, freqüentemente surgem conflitos entre as  crianças com TDAH, seus pais e professores.  
   A incapacidade de prosseguir em tarefas tediosas é um sinal de  imaturidade. Elas aplicam menor quantidade de esforços e despendem menor  quantidade de tempo para realizar tarefas desagradáveis e chatas. Por  essa razão não esta bem claro que dar tempo extra as crianças ou adultos  com TDAH nos exames de escola ou em suas profissões de fato as  beneficiem. Elas podem acabar apenas gastando o tempo extra que lhes é  dado em vez de utilizá-lo a seu favor para revisar seu trabalho, buscar  erros a serem corrigidos ou ter mais força para enfrentar problemas que  inicialmente ignoravam.
DIFICULDADE EM CONTROLAR IMPULSOS
   Crianças ou adolescentes com  TDAH respondem a perguntas sem pensar, antes mesmo que as questões  tenham sido finalizadas e querem que seus desejos se realizem de uma  hora para outra. Elas têm muitos problemas em esperar pelas coisas,  revezar-se em jogos, preparar-se para o almoço ou para o recreio na  escola, ou esperar até que alguma atividade termine (missa na igreja,  por exemplo), isso pode torná-las extremamente irritadas; elas podem se  queixar de ter de esperar e até mesmo começar uma atividade que lhes foi  solicitado adiar. Quando os pais a levam pra fazer compras ou assistir a  um filme as crianças podem atormentar os pais demasiadamente durante o  período de espera. Isso faz com que elas pareçam constantemente  necessitadas e centradas em si próprias. Elas apresentam problemas  consideráveis para conter suas respostas frente a uma situação e para  pensar antes de agir. Elas fazem comentários que provavelmente não  fariam caso pensassem antes. Elas também respondem ao que outros dizem  ou fazem de forma impulsiva, ás vezes emocionalmente, e acabam sendo  criticadas por assim fazer. Elas podem agir com rapidez com uma idéia  que lhes vem a mente, sem considerar que se encontram no meio de algo  que estão fazendo e que deve ser finalizado primeiro. São excessivas e  falam alto, e com freqüência monopolizam as conversações. Esse  comportamento é geralmente encarado como rude ou insensível, e tem  conseqüências negativas em ambos os cenário: social e de ensino. Os  professores percebem que as crianças com TDAH geralmente fazem  comentários sem pensar e sem levantar a mão em sala de aula e iniciam  tarefas ou testes sem ler as instruções com cuidado. Elas são descritas  como pessoas que não sabe dividir o que tem com os outros e tomam posse  de coisas que desejam e que não lhes pertencem.
CORRENDO MUITOS RISCOS: essas  pessoas são mais propensas a acidentes que outras devido a sua  impulsividade. Não pelo fato de crianças com TDAH não tomarem cuidado  com o que vai acontecer, é que elas simplesmente não pensam a respeito  de prováveis conseqüências futuras. A falta de controle dos impulsos  também explica por que os adolescentes e os adultos com TDAH têm maior  probabilidade de correr riscos ingerindo bebidas alcoólicas, fumando  cigarros e usando drogas ilegais como a maconha
PENSAMENTO IMPULSIVO: eles têm  tanto problema de pensamento quanto de comportamento impulsivo. Isto é,  se estão fazendo uma atividade parecem ter um número bem maior de  ocorrências de outros pensamentos que não tem haver com aquelas  atividades realizadas no momento. Isso dificulta ainda mais a sua  concentração.
PROBLEMA COM O COMPORTAMENTO  EXCESSIVO: irrequieto, age como que movido por um motor, esta  constantemente escalando tudo, não consegue ficar sentado e quieto, fala  demais, geralmente produz zumbidos ou sons 0estranhos. Esses  comportamentos definem a hiperatividade, que é uma terceira  características do TDAH. Essa característica pode aparecer como  inquietação, impaciência, ritmo desnecessário, ou com outros movimentos,  e também como conversa excessiva. Os pais normalmente observam seus  filhos: trocando de assento, batendo as mãos ou os pés, brincando com  objetos próximos, ritmando e tornando-se impacientes e frustrados  durante períodos de espera, sabem que tal comportamento não é normal.
DIFICULDADE EM SEGUIR  INSTRUÇÕES: As crianças com TDAH são menos submissas às instruções e  regras de seus pais. Enquanto nosso comportamento é controlado mais por  direções e instruções do que pelo que realmente acontece a nossa volta,  crianças com TDAH freqüentemente acabam ficando fora do ar ou se  engajando em atividades não relacionadas às que foi solicitada a fazer. O  resultado dessa desatenção é que outras pessoas têm sempre que lembrar  às crianças com TDAH o que elas devem fazer. Os cuidadores nessa hora  acabam ficando frustrados ou irritados. A criança pode falhar, pode  repetir o ano e eventualmente deixar de freqüentar a escola. Eles passam  aos outros uma idéia de que é imaturo e não tem autodisciplina e  organização, ou pior, implica que a pessoa é intencionalmente  preguiçosa, desmotivada e indiferente, ou está tentando evitar  responsabilidades.
    Importante RESSALTAR que  esse transtorno raramente se apresenta isolado. Mais que 50% dos casos  vêm acompanhados de outros distúrbios, o que dificulta bastante o  reconhecimento do TDAH. A presença de outros distúrbios junto com o TDAH  modifica o tratamento e o prognóstico de cada caso.Pessoas com TDAH  aumentam as suas chances de também apresentar vários outros problemas – é  o que chamamos de comorbidade (problemas médicos, de desenvolvimento,  emocionais, dificuldades acadêmicas).
    Contudo, nosso trabalho é fortalecer a auto-estima dessas crianças,  dando-lhes suporte no conhecimento e entendimento do funcionamento do  próprio comportamento, o que é fundamental para uma mudança de  perspectiva, possibilitando um melhor direcionamento em sua vida. Tendo  em vista também, uma boa orientação aos pais para um redirecionamento na  maneira de conduzir essas crianças.
fonte: http://psicologiainfantileavida.blogspot.com.br/?spref=fb
  
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fonte: http://tdah.org.br/br/textos/textos/item/322-tdah-algumas-dicas-para-os-pais.html  Programas de treinamento para pais de crianças com TDAH frequentemente começam com ampla divulgação de informação. Existe uma grande quantidade de... 
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