Autismo
Projeto do mini curso para familiares
Projeto
2 milhões de motivos para suporte na divulgação de informações sobre como tratar autismo
O autismo foi primeiramente descrito pelo psiquiatra Leo Kanner em 1943, ele escolheu o termo autismo para descrever um grupo de 11 crianças que apresentavam características relativamente parecidas porém distintas das crianças que possuíam o diagnóstico de esquizofrenia ou psicose infantil, o déficit social foi a principal característica que ressaltava nesse grupo.
Etimologicamente, autismo vem do termo grego “auto” referindo a “si próprio”. O autista é auto-propelido, isso quer dizer, suas emoções e motivações tendem a ser o motriz que rege seus comportamentos.
Autismo é reconhecido como uma desordem em espectro e também com vários graus de intensidade. É quatro vezes mais predominante em meninos do que em meninas.
De qualquer forma, autismo é de difícil definição porque a síndrome é complexa e não há duas pessoas com o diagnóstico de autismo que experienciem a síndrome da mesma maneira.
Suas características ou demonstrações podem variar num extremo que confunde e, algumas vezes é até contrário. As pessoas com autismo podem ou não sofrer de outras síndromes e problemas paralelos ou coligados ao autismo.
Pessoas com autismo tem “atraso ou funcionamento anormal” em algum grau nas três seguintes áreas:
• Interação social
• Comunicação
• Padrões de comportamento que são manifestados através de interesses ou atividades estereotipadas, restritas e/ou repetitivas.
Porém, no autismo, um dos pontos chaves da dificuldade de desenvolvimento está no desenvolvimento emocional. As pessoas com autismo têm como desafio a motivação, a persistência, o auto-controle, a curiosidade.
O que mais marca na característica autista não são os comportamentos apresentados, mas sim a omissão, o que a criança não faz ou desconhece. O diagnóstico de autismo é mais preciso se baseado na dificuldade ou falha da pessoa em função do domínio específico sóciocomunicativo e relacional.
É importante ressaltar que o diagnóstico de Autismo, Asperger ou Transtorno Invasivo do Desenvolvimento não predita as dificuldades que a pessoa enfrentará na vida e tampouco define um prognóstico e nem mesmo fornece aos familiares ou profissionais muita informação sobre o potencial individual da pessoa com o diagnóstico.
É muito provável que as características descritas como da síndrome são descrições de mecanismos de defesa, e não de orientação inata.
O nosso cérebro está sempre em busca de equilíbrio, enquanto processamos o que vemos, ouvimos, cheiramos, degustamos ou sentimos. Todas as nossas experiências sensoriais e emocionais impulsionam o crescimento de conexões, daí vem a necessidade pela busca da regulação.
Essa busca acontece através da auto-regulação e da co-regulação emocional.
Estima-se que 2 milhões de brasileiros tem autismo.
Muitos ainda sem diagnóstico.
Missão
Nossas vidas são feitas de relacionamentos. Eles são nossas histórias, que lemos e escrevemos a cada dia. Cada um de nós está alerta para o fluxo e refluxo das relações ao nosso redor, e é esboçando nas pessoas que formam parceria conosco que trazemos o melhor de nós.
Relacionamentos dão riqueza às nossas vidas, significado e conexão em cada volta. Mesmo quando estamos fisicamente sozinhos, continuamos a pensar e agir dentro de uma teia invisível de relacionamentos. Imagens dos outros e suas expectativas vêm à mente para guiar nossas ações, e nós conversamos com esses ausentes "em nossas mentes" ou mesmo o fazemos em voz alta. Mesmo que nos considerarmos pessoas extrovertidas ou introvertidas, muito sociáveis ou muito tímidas, somos fundamentalmente seres sociais cujas identidades se desenvolvem através de relacionamentos.
E é através dos relacionamentos que exploramos o mundo e nos tornamos conscientes das possibilidades de nossas vidas. Aprendemos a anexar significados compartilhados com nossas emoções e experiências, descobrir o que é e não é considerado importante, e testar as nossas ideias emergentes, vendo como os outros respondem. Pouco a pouco, desenvolvemos a motivação e damos a direção dependendo de como nossas experiências diárias recebem respostas positivas e gratificantes. Relacionamentos nos moldam - não de uma forma coercitiva, mas como participantes mutuamente engajados que exploram o mundo juntos. Nós aprendemos a confiar, a dar e receber, e, finalmente, a ter empatia e "sentir com" os outros.
Essas coisas não podem ser ensinados em uma palestra ou uma aula, elas só podem ser experimentadas ao longo do tempo, na companhia de guias atenciosos. Elas não florescem em ambientes artificiais e isolados, e seu desenvolvimento não pode ser forçado ou imitado. Em vez disso, esses ensinamentos sociais envolvem uma jornada mútua.
Este projeto visa a capacitação de pais e cuidadores no entendimento de como as habilidades de co-regulação se desenvolvem para assim darem suporte ao desenvolvimento de relacionamentos emocionais saudáveis com seus filhos no espectro autista. A oportunidade de desenvolver relacionamentos saudáveis acontece no dia a dia, no momento real, por isso a importância de guiar os pais e cuidadores nessa jornada.
O curso usa os princípios do AT EASE Model ™que é baseado no desenvolvimento humano e de relações em que o foco é que os pais são a força mais importante na criação desses relacinamentos primários e saudáveis.
Conteúdo do curso
Encontros com duração de 2 horas com parte teórica, exemplos e perguntas especícifas das familias participantes.
Encontro 1:
ComunicaçãoA necessidade de estimular e dar as ferramentas para que as crianças acessem seus relacionamentos de forma socialmente adaptável
Como se desenvolve a comunicação e como ajudar a criança a mover para o próximo estágio da comunicação.Encontro 2:
ComunicaçãoA necessidade de estimular e dar as ferramentas para que as crianças acessem seus relacionamentos de forma socialmente adaptável
O comportamento comunicativoEncontro 3:
ComunicaçãoA necessidade de estimular e dar as ferramentas para que as crianças acessem seus relacionamentos de forma socialmente adaptável
Comunicar-se com objetivo socialEncontro 4:
Desenvolvimento Socio-emocionalA necessidade de compreender as emoções que sentimos e tolerá-las para que seja possível ampliar a zona de conforto.
Como lidar com emoções desconfortáveisEncontro 5:
ExplorarA necessidade de aceitar o adulto como o guia prático e emocional para optimizar o aprendizado social
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