Concordo quanto ao uso "indiscriminado" da ritalina, mas como uma paciente diagnosticada na fase adulta da vida, digo que para quem realmente tem o ADHD, a ritalina funciona. Aliás, a ritalina funcionou para mim, mas outros medicamentos mais modernos, incluindo a ritalina de longa duração não funcionaram.
Eu não tive problemas com o uso da ritalina, e muito menos emagreci. Continuo fofa como sempre!
Fui diagnosticada aos 40 anos de idade e hoje, aos 58, estou cursando o mestrado – Mdiv no Andover Newton Theological School em Boston, Massachusetts. Não tomo a ritalina as 3 vezes por dia como indicado, mas só pela manhã e quando tenho classes ou trabalhos para fazer que requeiram muita concentração.
Vocês falam da Ritalina e do TDAH como se fosse uma coisa só de criança. Bem, o diagnostico é feito com questionamento de sua vida desde a infância, mas adultos também são diagnosticados com TDAH e também se tratam. E eu sou uma prova de que o tratamento funciona!
Meu filho optou por não usar a "Rita" e eu acolhi sua escolha, mas para mim, o melhor foi abraçá-la pois ela me dá as condições de vencer barreiras que jamais venceria sem o poder de concentração necessário.
Sempre pensei que fosse burra porque não conseguia ler livros por falta de concentração e no entanto passei com "A" num curso de Redação Acadêmica e Leitura Crítica na Havard University após ter iniciado meu tratamento com a ritalina. Pensava que fosse a mulher mais relaxada e desorganizada do mundo, mas descobri que isso fazia parte do meu TDAH e esse diagnostico mudou a minha visão e estratégia de vida também. Sou conhecida por não parar de falar, mas hoje tenho obtido controle do meu falar e do meu calar e isso é precioso! Sei que existem outros adultos com TDAH e isso não é ruim nem é uma “doença”. Eu nem gosto do nome “transtorno”, pra falar a verdade, porque eu sou orgulhosa de ser uma pessoa com ADHD! Como vocês dizem, somos questionadores, inteligentíssimos (e não burros), criativos, talentosos e verdadeiros. E eu descobri que tenho valores que eu não via como valores pois meu agir, fora da “normalidade”, os escondiam de mim mesma!
Por ultimo, a "Rita" não me faz andar feito um zombie ou altera meu bom humor ou meu estado de espírito. Eu continuo a mesma pessoa alegre de sempre, só que penso uma coisa por vez e não um emaranhado de pensamentos como antes, e também consigo levar à cabo todas as minhas tarefas e com sucesso! Podem perguntar ao pessoal do Caism, fui tradutora de artigos médicos lá e não creio ter deixado a desejar no tocante a realização do meu trabalho!
Conhecer o TDAH foi, como dizem por aqui, “liberating”!
Muito obrigada pelo seu trabalho e, por favor, pesquisem sobre "Adultos com TDAH" porque há uma necessidade grande de ajuda nesta área. E podem contar comigo, se precisar.
Um beijo grande no coração e, que Deus os abençoe muito!
Karla Dias
MDiv Senior Student @ Andover Newton Theol. School
Intern Chaplain at Brigham & Women's Hospital (Starting September 2013)
Eu não tive problemas com o uso da ritalina, e muito menos emagreci. Continuo fofa como sempre!
Fui diagnosticada aos 40 anos de idade e hoje, aos 58, estou cursando o mestrado – Mdiv no Andover Newton Theological School em Boston, Massachusetts. Não tomo a ritalina as 3 vezes por dia como indicado, mas só pela manhã e quando tenho classes ou trabalhos para fazer que requeiram muita concentração.
Vocês falam da Ritalina e do TDAH como se fosse uma coisa só de criança. Bem, o diagnostico é feito com questionamento de sua vida desde a infância, mas adultos também são diagnosticados com TDAH e também se tratam. E eu sou uma prova de que o tratamento funciona!
Meu filho optou por não usar a "Rita" e eu acolhi sua escolha, mas para mim, o melhor foi abraçá-la pois ela me dá as condições de vencer barreiras que jamais venceria sem o poder de concentração necessário.
Sempre pensei que fosse burra porque não conseguia ler livros por falta de concentração e no entanto passei com "A" num curso de Redação Acadêmica e Leitura Crítica na Havard University após ter iniciado meu tratamento com a ritalina. Pensava que fosse a mulher mais relaxada e desorganizada do mundo, mas descobri que isso fazia parte do meu TDAH e esse diagnostico mudou a minha visão e estratégia de vida também. Sou conhecida por não parar de falar, mas hoje tenho obtido controle do meu falar e do meu calar e isso é precioso! Sei que existem outros adultos com TDAH e isso não é ruim nem é uma “doença”. Eu nem gosto do nome “transtorno”, pra falar a verdade, porque eu sou orgulhosa de ser uma pessoa com ADHD! Como vocês dizem, somos questionadores, inteligentíssimos (e não burros), criativos, talentosos e verdadeiros. E eu descobri que tenho valores que eu não via como valores pois meu agir, fora da “normalidade”, os escondiam de mim mesma!
Por ultimo, a "Rita" não me faz andar feito um zombie ou altera meu bom humor ou meu estado de espírito. Eu continuo a mesma pessoa alegre de sempre, só que penso uma coisa por vez e não um emaranhado de pensamentos como antes, e também consigo levar à cabo todas as minhas tarefas e com sucesso! Podem perguntar ao pessoal do Caism, fui tradutora de artigos médicos lá e não creio ter deixado a desejar no tocante a realização do meu trabalho!
Conhecer o TDAH foi, como dizem por aqui, “liberating”!
Muito obrigada pelo seu trabalho e, por favor, pesquisem sobre "Adultos com TDAH" porque há uma necessidade grande de ajuda nesta área. E podem contar comigo, se precisar.
Um beijo grande no coração e, que Deus os abençoe muito!
Karla Dias
MDiv Senior Student @ Andover Newton Theol. School
Intern Chaplain at Brigham & Women's Hospital (Starting September 2013)
Email:
Ritalina e TDAH