Continuando o assunto autismo, sobre o qual eu prometi que falaria durante este ano, decidi falar hoje um pouco mais sobre a dieta livre de glúten e caseína, que é um verdadeiro “hit” entre todos que se envolvem no assunto. Não quero dizer aqui, nem a Dra. Natasha Campbell McBride diz em seu livro que essa dieta é inútil ou não funciona – A DIETA LIVRE DE GLÚTEN E CASEÍNA É FUNDAMENTAL no tratamento/controle do autismo, porém uma dieta livre de glúten e caseína comprovadamente não é TUDO, não é suficiente.
Vamos entender melhor, segundo uma tradução livre de um trecho do livro da Dra. Natasha Campbell McBride…
Em algumas pesquisas realizadas foram encontrados na urina de crianças autistas substâncias chamadas gluteomorfinas e casomorfinas, derivadas de glúten e caseína, respectivamente. O mesmo achado se deu na urina de pacientes com esquizofrenia, psicose, depressão, hiperatividade e alguns distúrbios auto-imunes.
Estas substâncias (peptídeos) – gluteomorfinas e casomorfinas – possuem uma estrutura química similar às drogas opiáceas e o seu efeito no cérebro também ocorre de forma semelhante. Imagine então que para um autista, consumir glúten e caseína é quase como consumir ópio!!
Baseada em pesquisas desta linha é que surgiu a tão conhecida dieta livre de glúten e caseína. Esse dieta praticamente se tornou a “dieta oficial do autismo”!
O glúten é uma proteína encontrada em grãos, principalmente trigo, centeio, cevada e aveia. A caseína é uma proteína encontrada no leite e em seus derivados. A referida dieta sugere retirar completamente as fontes dessas duas proteínas da alimentação de um autista. A teoria parece bastante interessante, porém a prática se mostra um tanto problemática…
As crianças autistas, talvez por conta dos problemas em sua flora intestinal, sentem especial necessidade de consumir carboidratos refinados – exatamente o que alimenta os patógenos no seu intestino.