Os indivíduos com PEA podem apresentar baixa tolerância ou alergias a determinados alimentos ou produtos químicos. Embora não seja uma causa específica do autismo, estas alergias ou intolerâncias alimentares podem contribuir para problemas comportamentais. Existe um grande número de terapias alimentares que envolvem a eliminação de produtos como o leite ou a farinha que têm sido sugeridas como forma de tratamento para o autismo. Muitos pais e profissionais têm relatado alterações significativas quando substâncias específicas são eliminadas da dieta da criança.
Vários estudos foram realizados acerca da intervenção utilizando dietas alimentares, a maioria das quais envolvem a eliminação dos produtos lácteos, que contêm caseína, ou cereais que contenham glutén. Até então, concluiu-se que não existem vantagens, já comprovadas, que estejam associadas ao uso deste tipo de alimentação em crianças. Embora não tenham sido encontrados efeitos adversos deste tipo de alimentação, a importância de uma nutrição apropriada deve ser enfatizada.
É importante não retirar glúten / caseína de produtos alimentares de uma vez a partir de uma dieta da criança, já que pode haver os sintomas de privação. Os pais que pretendam prosseguir uma glúten / caseína livre dieta deve consultar um nutricionista ou gastroenterologista, que poça ajudar a garantir uma alimentação adequada.
No espectro do autismo os indivíduos poderão ter dificuldade em digerir proteínas. Investigação em Inglaterra e os E.U.A tem encontrado níveis elevados de certos peptídeos na urina de crianças com PEA, sugerindo a ruptura incompleta dos péptidos a partir de alimentos que contêm glúten e caseína. O glúten é encontrado no trigo, aveia, centeio, e a caseína em produtos lácteos. A ruptura incompleta e a absorção excessiva dos péptidos podem causar perturbações nos processos bioquímicos e neuroregulatórios no cérebro, afectando funções cerebrais. Até que haja mais informação sobre o motivo por que essas proteínas não são discriminadas, a remoção das proteínas da dieta é a única forma de prevenir mais danos neurológicos e gastrintestinais.
Bibliografia:
- Autism Society of America texto:Dietary Intervetions
http://www.autism-society.org/site/PageServer?pagename=life_treat_dietary
- Withman, T (2004). The development of autism – a sef-regulatory perspective. London and New York: Jessica Kingsley Publishers;