Autismo
Mais sobre 'Nutriçao Cerebral'
 
 
“Nutrição Cerebral” é o novo livro do Dr. Helion Póvoa, o precursor  da medicina ortomoleluar no Brasil. Escrito em conjunto com o psiquiatra  Juarez Callegaro a nutricionista Luciana Ayer e organizado pela  jornalista Lucia Seixas – o livro mostra de que forma a falta de  nutrientes no cérebro pode determinar o declínio da inteligência e,  conseqüentemente, provocar depressão, doenças neurodegenerativas e até  mesmo desvios de personalidade. Para os autores, maiores especialistas  brasileiros no assunto, o equilíbrio nutricional do cérebro é a chave do  nosso bem-estar. O livro revela como a medicina e a psiquiatria  ortomoleculares podem se tornar ferramentas importantes na prevenção dos  sofrimentos mentais, através da manutenção e amplificação da  inteligência humana. Abaixo um resumo do capítulo 16 que trata da  relação que existe entre nutrição e autismo.
Para Crianças Mais Felizes e Bondosas
Chegar ao mundo passando por um gestação tranquila, em que houve boa  disponibilidade de nutrientes, é algo que aumenta as chances de  felicidade de qualquer ser humano. Entretanto, como a evolução é o  grande propósito da natureza, a infância, primeira etapa da vida,  oferece uma oportunidade única de reparar eventuais danos da gravidez,  para dar origem a uma existência feliz e criativa. A recuperação de  danos é realizada, principalmente durante o sono do bebê e por isso os  recém-nascidos precisam dormir tanto. Nessa fase o pequeno organismo  está sob o predomínio do sistema vago, da acetilcolina, que acumula  energia e produz o anabolismo. É a fase em que acontecem a reparações e a  finalização da estrutura do bebê, inclusive as cerebrais.
Hoje se sabe que o metabolismo de uma criança é seis vezes mais rápido  que o de um adulto. Essa descoberta, inclusive, foi a que deu o Prêmio  Nobel ao cientista Pierre Le Compte du Nouy que desenvolveu modelos  matemáticos de reparação de danos através de índices de cicatrização de  feridas. Esse dado deixa clara a vulnerabilidade da saúde infantil e  alerta para diversos perigos, inclusive o uso de medicamentos.  Infelizmente, vem-se tornando comum a utilização abusiva de antibióticos  e antiinflamatórios em crianças. Quase não se usa na pediatria básica  dar lactobacilos para corrigir a flora intestinal das crianças e pouco  se considera a importância do zinco para a formação do sistema  imunológico e para a absorção e fixação das vitaminas, especialmente a  vitamina A, que promove a resistência da pele e das mucosas. Por isso é  tão comum que crianças apresentem infecções constantes, como as de  ouvido.
Na verdade, crianças com depressão imunológica sofrerão durante  toda a vida, como se constata hoje na questão do autismo, distúrbio  considerado como uma forma de esquizofrenia infantil. Crianças com  autismo não conseguem se desenvolver normalmente em suas relações  sociais e comportam-se de modo compulsivo e ritualista. Embora seja bem  diferente do retardo mental, no autismo não acontece o desenvolvimento  normal da inteligência. Preferir estar só é uma característica da  criança autista, que não desenvolve intimidade com as pessoas e resiste  às mudanças. Tem dificuldade de falar e muitas vezes não fala, assim  como nem sempre entende o que lhe é dito. A doença é duas a quatro vezes  mais comum em meninos do que em meninas. O autismo costuma surgir por  volta dos três anos de idade e com muita frequência em crianças com  deficiência de zinco o que as torna muito vulneráveis às infecções. Por  isso é muito comum que crianças autistas tenham um longo histórico de  antibióticos, que, como sabemos, faz proliferar os microorganismos  nocivos a flora intestinal.
Cerca de 50% das crianças autistas possuem a Candida albicans  e, à medida que também não possuem zinco, acontece nelas a proliferação  de outros germes cujas toxinas prejudicam o metabolismo, com sérios  reflexos no cérebro. Além do zinco, outros minerais têm muita  importância no autismo, como o cálcio. Na verdade o balanceamento do  cálcio com os demais minerais no cérebro é fator de muito peso nessa  doença. Existe portanto uma questão nutricional no autismo. Quando se  utilizam alimentos no tratamento do autismo – e infelizmente poucos  centros psiquiátricos o fazem atualmente –, o que se considera  principalmente é a depressão imunológica provocada pela carência de  zinco, que é agravada pelo excesso de carboidratos refinados.
Como se  sabe, esses dois fatores fazem proliferar tanto a Candida albicans como a Clostridium difficile,   cujas toxinas estão envolvidas também em outros distúrbios infantis,  como o distúrbio do déficit de atenção (DDA). Como o autismo, o DDA vem  aumentando significativamente em crianças nas últimas décadas. E as  causas desse distúrbio infantil certamente podem estar nas questões  alimentares, mais especificamente no aumento da permeabilidade  intestinal e nas proteínas não digeridas do glúten e da caseína. Quando  são absorvidas pelo intestino e passam para a corrente sanguinea, as  proteínas mal digeridas do leite e do trigo podem produzir no liquor do  cérebro derivados de substâncias estimulantes.
É o que provoca a  agitação típica do distúrbio do déficit de atenção (DDA) e a  hiperatividade. É muito importante o fato de que os distúrbios mentais  mais comuns da infância começam a ser relacionados com erros  alimentares, e já existem diversas pesquisas provando que a utilização  de smart nutrients pode produzir excelentes resultados na reversão de  muitos desses distúrbios. No que diz respeito ao DDA, comprovou-se que o  uso de ômega 3 associado à restrição de carboidratos refinados,  corantes, chocolate, cafeína e gorduras trans e hidrogenadas, que  fornecem excesso de ômega 6, pode dar ótimos resultados.
Existe uma relação na incidência da deficiência de ômega 3 como o DDA na  infância, a esquizofrenia na adolescência, a depressão na vida adulta e  a doença de Alzheimer na velhice.
A verdade é que à medida que aumenta na dieta infantil a quantidade de  substâncias que podem gerar uma alteração neurológica, também crescem as  chances de disfunções sérias no presente e no futuro. Quanto mais perde  energia no lobo frontal, por falta de nutrientes, mais dificuldade a  criança terá para adquirir conhecimentos e assimilar as lições que a  vida oferece.
Um outro cuidado fundamental que se deve ter com a saúde  infantil diz respeito aos metais tóxicos. O mercúrio, por exemplo, que  ainda aparece na fórmula de muitos agrotóxicos utilizados no Brasil,  bloqueia as bombas injetoras que promovem a entrada da vitamina B12 no  cérebro, o que pode causar distúrbios psiquiátricos graves também em  crianças. Esse é um dado pouco difundido porque muitas pessoas  psicóticas costumam apresentar níveis de B12 normais no sangue.  Entretanto, quando a dosagem é realizada no liquor, os níveis da  vitamina estão frequentemente baixos. O mesmo ocorre com o ácido fólico.
Já o chumbo, comprovadamente, causa hiperatividade e DDA. Tal fato é  levado tão a sério que em alguns países crianças em idade escolar devem  fazer testes para verificar se estão ou não contaminadas por chumbo.  Infelizmente essa prática não existe entre nós e muitas marcas de tintas  ainda contêm chumbo em sua composição. Também verificou-se a presença  do metal na tinta de brinquedos provenientes da China. Em alguns países,  como os Estados Unidos, o cuidado com a contaminação por chumbo é tão  grande que existe uma fiscalização rigorosa de solos para plantio, já  que no passado a gasolina continha chumbo e muitas terras próximas a  estrada estão hoje impregnadas com o metal. Também não se admite a  construção de parques infantis em áreas contaminadas com chumbo. A  relação entre as doenças modernas com os fatores nutricionais é bastante  evidente e as poucas civilizações que ainda se alimentam de forma  natural a reforçam.
Um componente da alimentação infantil que merece maiores considerações é  certamente o açúcar refinado, pois é grave a permissividade com que ele  é utilizado. Como vimos, o açúcar refinado faz perder cromo e ainda  zinco pela urina, tornando as crianças mais predispostas à depressão e a  problemas imunológicos, entre outros. A criança ainda não conhece o  sabor dos alimentos e por isso a introdução de açúcar é totalmente  desnecessária, assim como o sal nas comidas salgadas. É preciso dar às  crianças a oportunidade de experimentar o sabor natural dos alimentos.  Quanto melhor a criança se alimenta, maior a disponibilidade de  nutrientes benéficos para seu cérebro.
Texto retirado do livro Nutrição Cerebral de Helion Póvoa, Juarez Callegaro e Luciana Ayer
 
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