EMPATIA, uma preciosa ferramenta!
Autismo

EMPATIA, uma preciosa ferramenta!


Descobrir quem somos é uma experiência libertadora!!!
Há 1 ano, descobri o autismo na vida da minha filha caçula(hoje com 4 anos), já percebíamos que o comportamento dela não era comum, porém minha mãe dizia que não era necessário se preocupar pois ela era "igualzinha" a mim quando pequena, mas quando ela foi para a escola não se adaptou e tivemos que procurar ajuda profissional, e veio o diagnóstico: Autista.
Eu não me abalei pois como eu me identificava muito com ela sabia que aquelas dificuldades todas simplesmente faziam parte das características dela, mas ficou aquela interrogação dentro de mim: e eu??? quem sou???
Todo o meu sofrimento com crises nervosas e depressões foram sendo "justificados", porém eu não conseguia compreender.
Toda a família se "agitou" e uma das minhas irmãs trouxe um documentário sobre autismo para eu assistir, era sobre uma família com 6 filhos autistas, com profissionais relatando a rotina da família, e o que mais me chamou atenção não eram as crises de agressividade, o isolamento e a falta de comunicação em algumas das crianças, foi um dos filhos que freqüentava escola regular e quando foi questionado pela terapeuta sobre quem dos colegas da sua sala era seu amigo, ele respondeu: TODOS!
A terapeuta explicou que este era um dos maiores problemas, pois na fase adulta ia ser motivo de muito sofrimento e este comentário ficou na minha cabeça como um tormento pois além de não ter entendido eu me identifiquei com o menino.
Hoje, quase um ano depois, minha filha já está freqüentando escola regular, mas ainda freqüenta a escola especial onde tem tratamento com uma equipe de profissionais especializados e para que minha filha tivesse acesso ao tratamento, tivemos que nos mudar para minha cidade natal, pois a escola especial daqui é excelente.
Fazia muitos anos que eu tinha ido embora e retornar não está sendo fácil.
O motivo de eu ter ido embora daqui foi a minha total falta de "adequação" social e um sofrimento enorme que vinha junto com tudo isso, na época que eu fui embora estava com depressão profunda com tendência suicida (fiz três tentativas).
Desde que voltei vivo reclusa em minha casa, hoje posso dizer que não tenho nenhum convívio social e o convívio familiar é bem precário.
Descobrimos então eu e meu marido sermos portadores do espectro autista, ele Asperger e eu autista de alto funcionamento ou verbal como pode ser chamado o autista que se comunica.
E chegamos na tal da "Empatia", que me remeteu direto ao documentário da família com os seis filhos autistas, e o menino que me chamou atenção, era esta a semelhança com a qual me identifiquei : a falta de empatia.
Segundo o dicionário empatia é:

"Capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias, ou seja colocando-se em seu lugar no sentido abstrato."

"Psicologia e Filosofia Faculdade de perceber de que modo uma pessoa pensa ou sente. Embora não tenhamos conhecimento direto da mente dos outros, muitas vezes podemos fazer suposições bastante precisas acerca da maneira como as outras pessoas sentem ou no que pensam."

"Empatia é, segundo Hoffman (1981), a resposta afetiva vicária a outras pessoas, ou seja, uma resposta afetiva apropriada à situação de outra pessoa, e não à própria situação."

Depois de todas estas definições e as experiências recentes, entendi:
ME FALTA TOTALMENTE ESTA TAL EMPATIA!!

Como viver e conviver sem ela?

Talvez se acreditarmos que conhecendo as próprias limitações conseguimos evitar alguns perigos, como os terríveis constrangimentos que sofremos quando não temos "limite" pela falta de EMPATIA , com muita paciência e resignação vamos reaprendendo a conviver sem esta preciosa ferramenta.

Muita força e coragem!!
Abraço!
P.S.:Deixarei meu e-mail para contato: [email protected]



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