do blog lagarta vira pupa
fonte: http://lagartavirapupa.com.br/blog/especialista-de-gente/ 
Hoje, temos mais um guest post. E tudo por causa de um email que  recebi em um grupo que participo. Foi a querida Cristina Alves que  escreveu sobre essa coisa de nos tornarmos “especialistas de gente”.
 Cris, muito obrigada por me deixar publicar aqui! E um feliz dia das mães atrasado pra todas vocês!         
“Fiquei pensando em como o autismo transforma a vida dos  familiares de pessoas autistas. Pra mim, como para a grande maioria das  pessoas, autista era aquela pessoa como do filme “Meu filho, meu mundo” e  isso para nós praticamente não existia, ficava no país do “Tão, tão  Distante”.
  Aí veio um lindo bebê que fazia algumas coisas diferentes. Eu  achava engraçado que meu filho com um mês olhava pra minha boca, qdo   lhe falava ele também resmungava, como se quisesse falar. Uma vez eu  precisei levar minha outra filha pra escola e o deixei na vizinha. A  vizinha observou que ele iria falar logo, já que ele fazia isso. Guardei  isso no meu coração.
Meu relacionamento com o bebê era ótimo. Quando ele chorava, eu  conseguia distinguir o que ele queria. Um dia ele chorou e eu falei  para meu marido que ele tinha feito coco. Meu marido perguntou como eu  sabia e eu disse que pelo choro. Tambem guardei isso no meu coração.
  Aos dois ou três meses, eu fui ao ponto do ônibus com ele no  colo pra levá-lo ao médico e quando o motorista ligou o motor, o bebê  estremeceu. Parecia emocionado com o ônibus. Como podia uma criança tão  pequena? Eu guardei, também, isso no meu coração.
  Aos seis meses, passamos a primeira virada de ano juntos e meu  filho entrou em desespero com os fogos e de uma maneira tão  desesperadora que eu liguei para um pediatra sobre como eu deveria  proceder, já que eu não conseguir acalmá-lo. O médico respondeu que o  bebê já estava no colo da mãe e que isso era o bastante. Eu vi que, por  mais que fizesse, não, não era o bastante,  e guardei, também, isso no  meu coração.
 Muitas coisas assim “diferentes” foram nos acontecendo e tudo  eu guardei no meu coração. Mas não entendia, só fui entender quando o  levei a um médico de genética que deu o possível diagnótico de um  autismo não clássico. Também passamos com um médico neurologista que  falou coisas horríveis, me culpando e saí de lá aos prantos.
 Aí, sim, as coisas foram clareando, e isso graças as pessoas  que conheci na internet. Sim, pessoas conhecidas na internet,  porque a  classe  médica ficou devendo e muito.
  Tudo o que fui guardando no meu coração, o que seria impossível  escrever num pequeno texto,  serviu para me fazer crescer, a conhecer  melhor as pessoas, e foi assim que eu virei uma especialista de  gente. Gente marido, gente filha, gente irmãos, gente médica, gente  professora, gente coleguinhas de escola, gente mães de crianças autistas  ou não, gente que eu nem conhecia e que se achava no direito de saber  mais do meu filho que eu,  gente que nos deu a mão e nos guiou, gente  que até me chamou a atenção para o que eu não estava percebendo e fiquei  agradecida.
 Toda essa gente eu também guardo no meu coração, tudo serviu para me tornar uma especialista em gente.
  Feliz dia das mães para todas as mães, mas especialmente para as outras especialistas de gente como eu.”
  
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