Autismo
O "modo correto" nosso, "maneira inadequada" para muitos!
Olá!
O meu período de avaliação no Centro de atendimento psicossocial se encerrou e a resposta será dada daqui alguns dias na data agendada pela responsável pela triagem da qual eu participei.
Enquanto aguardo a resposta, dividirei com vocês alguma recentes descobertas.
No último fim de semana, feriado do dia da Independência, eu, Anna e o Anderson viajamos novamente para Itapema onde cumprimos compromissos espirituais no Templo do Amanhecer que ajudamos a coordenar e eu mais uma vez reencontrei meu filho Frederico.
E mais uma vez estive colocando a prova toda minha força e coragem, e cada vez que eu tento interagir no meio familiar mais eu sinto o quanto minha vida acontece num mundo paralelo,"marginal" como minha mãe gostava de repetir na minha adolescência, segundo ela eu tinha uma inabalável tendência por tudo que estava à margem do rigoroso e limitado mundo social do qual fazíamos parte, e diga-se de passagem ainda fazemos.
Hoje, lendo o blog de Nelson Santos: "Educação Especial: Um grito de mudança" onde o autor cita o novo livro do Prof. Nuno Lobo Antunes, que trata das Perturbações do Desenvolvimento Infantil o título é "Mal-entendidos - da Hiperactividade à Síndrome de Asperger, da Dislexia às Perturbações do sono. As respostas que procura." da Ed.Verso de Kapa. Fala da importância de percebermos, identificarmos e principalmente diagnosticarmos as nossas crianças que são portadoras de um comportamento considerado inxplicável, e como sabemos são também seres de difícil convivência, comumente incompreendidos, mal tratados e rejeitados.
O autor ainda escreve :"... é fundamental que os diagnósticos sejam precisos (ou o mais possível), que a intervenção seja o mais precoce e coerente possível e acima de tudo que exista uma grande interacção entre todos os meios/agentes envolvidos, para que não aconteçam perdas/danos para a criança."
Eu gostaria de dividir mais um "insight" que eu tive na minha leitura do livro "Olhe nos meus olhos" de John Elder Robinson, que no primeiro capítulo nos conta sobre como o "modo correto" que ele quando criança achava que as pessoas deveriam saber, o impedia de se relacionar, pois para ele não existia outro modo de fazer as coisas senão a sua própria maneira.
Este "modo correto" é o que nós autistas e Aspies queremos que todos soubessem, quando nos comportamos de "maneira inadequada" para muitos!!
Talvez por esta simples definição é que John Elder Robinson tenha sido um dos autores Aspies mais lidos e queridos da atualidade, pois traduz nesta simples explicação o que nós autistas não conseguimos entender quando vivemos sem um diagnóstico, sem o mínimo de entendimento de nós mesmos!!!
O nosso "modo correto" nos faz marginais para a sociedade, e sofremos muito pois é somente a nossa verdade.
Abraço fraterno.Grace Caroline.
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