Mais mudanças...
Autismo

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Antes de mais nada preciso dizer que a informação e o esclarecimento são fundamentais para qualquer mudança.
Na minha última publicação, recebi comentários que me incentivaram muito, nestes comentários vieram a indicação de dois livros:

- Síndromes Silenciosas de John J. Rathey, M.D. e Catherine Johnson Ph.D.
- Olhe Nos Meu Olhos de John Elder Robison.

Pois bem, na situação que eu me encontrava, um misto de revolta com cansaço, não me davam muito ânimo.
Eu, de certa forma já estava conformada em passar o resto dos meus dias como uma personagem do filme "A casa dos espíritos", para quem não viu o filme a personagem é uma mulher, que na sua infância foi tida como paranormal e vidente, e casou-se com um homem frio e distante, e no desenrolar da trama eles passam a viver sem se falar e ela vive distante de tudo e de todos dentro da sua enorme sensibilidade, ela parece ser forte mas percebe-se sua infelicidade.
O filme é uma belíssima saga de uma família em tempos de guerra, mas o que nunca saiu da minha cabeça foi esta personagem que não se enquadrava de nenhuma maneira no seu contexto.

Mas mesmo eu sabendo da minha condição e até me conformar de certa forma, eu não sei como fazer para ter o mínimo de vínculo com a vida.
Então fui pesquisar sobre as indicações de livros que recebi, como a cidadezinha que eu moro não dispõe de livrarias, eu encontrei no "Google Livros" os primeiros capítulos de "Síndromes Silenciosas"(de John J. Rathey, M.D. e Catherine Johnson Ph.D.), mas pedi para minha mãe que mora numa cidade um pouquinho maior, tentar achar os livros para mim.

Li também a sinopse de "Olhe nos meus olhos", e vi que se trata de um homem de seus 40 anos que se descobre Asperger, e o assunto me interessa profundamente pois meu marido tem traços fortíssimos da síndrome de Asperger, antes de sabermos disto ele dizia ter uma dificuldade enorme para verbalizar e demonstrar o que sentia e eu confirmava que ele era distante e frio, e que provavelmente nunca cultivaríamos nenhum vínculo afetivo.

Vocês podem imaginar o que é um relacionamento de uma autista com um Asperger, com uma filha de 4 anos diagnosticada autista clássica?
Eu tenho um filho com 14 anos de um outro relacionamento, que mora com minha mãe, e meu marido tem uma filha de 9 anos também de um outro relacionamento que mora com a mãe dele, convivemos com estas "ausências", com este enorme vazio em nossas vidas que é a falta de nossos filhos mais velhos. Meu filho tem traços Asperger e minha enteada suspeita de DDA.

É uma situação que requer uma imensa dose de paciência e um amor incondicional, mas quase sempre estamos nos perguntando se não estamos nos prejudicando em insistirmos em viver tentando desconsiderar o que para nós é normal, mas inevitavelmente não sabemos lidar com isto.

Agora com a leitura inicial de "Síndromes Silenciosas", estou me enchendo de esperanças, pois vejo que nestas informações que estou tendo no livro é o início da minha saída do tal "limbo". A sensação de que vou passar o resto dos meus dias como a personagem do filme está acabando de vez.

Certa vez uma pessoa me disse que eu parecia com estas mulheres melancólicas dos séculos passados, que cultivavam a tristeza e por fim suicidavam-se.

No entanto, por mais contraditório que se diga para as "síndromes do pensamento concreto" eu e meu marido somos espiritualistas e isto nos dá uma vontade incrível de mudarmos estas heranças transcendentais que nos acompanham, estes resquícios de nossas trajetórias passadas.

Na próxima publicação farei o relato das informações que recebi na minha nova leitura, que está sendo muito esclarecedora, Síndromes Silenciosas, que saem do silêncio e começam a se comunicar a partir da informação!

Obrigada Amanda e Karla pelas indicações!
Abraço a todos e fiquem com Deus!
[email protected]



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