Autismo
Equoterapia
 
 
Equoterapia, oque é ?
A Equoterapia pode ser definida como um método científico                    aplicado como terapia na Saúde e na Educação,                    que utiliza o CAVALO, numa abordagem multiprofissional e interdisciplinar,                    buscando o desenvolvimento e o crescimento bio-psico-social                    de praticantes que necessitem impulsionar suas potencialidades                    e minimizar suas deficiências para viverem melhor.                    
A Equoterapia emprega o cavalo e as técnicas de equitação                      como agentes e princípios promotores de ganhos físicos,                      psíquicos e sociais. Esse tipo de atividade terapêutica                      facilita e exige a participação do cavaleiro,                      como um todo, contribuindo assim, para o aprimoramento da                      força muscular, do relaxamento, da conscientização                      do próprio corpo e o desenvolvimento aperfeiçoado                      do equilíbrio e da coordenação.
Como surgiu?
O uso do cavalo com fins terapêuticos vem de longa data.                      Nos tempos de Hipócrates (478-370 a.C.), no seu livro                      das Dietas, prescrevia equitação para regenerar                      a saúde e preservar o corpo humano de muitas doenças,                      mas, sobretudo para o tratamento da insônia. Além                      disso, afirmava que a equitação praticada ao                      ar livre faz com que os músculos melhorem o seu tônus.                      Em 124 a.C. Asclepíades, de Prússia aconselhava                      como tratamento para a epilepsia e em diferentes casos de                      paralisia. Merkurialis (1569), em sua obra “De arte                      gymnastica”, menciona que a equitação                      não só exercia o corpo, mas também os                      sentidos. O autor faz menção aos diferentes                      tipos de andaduras, diz que a equitação aumenta                      o “calor natural” e remedia a “escassez                      de excreções”. O médico italiano,                      Giuseppe Benvenuti em 1772, se interessou pelo assunto e dedicou                      a Sigismundo Chigi, príncipe de Farrneta, com os votos                      de restabelecimento da saúde com esta prática                      o livro As reflexões acerca dos efeitos do movimento                      do cavalo, onde diz que a equitação, além                      de manter o corpo são e de promover diferentes funções                      orgânicas, causa uma ativa função terapêutica.                      Em 1782, Joseph C. Tissot tratou exaustivamente dos efeitos                      dos movimentos eqüestres em seu livro Ginástica                      Médica ou Cirúrgica ou Experiência dos                      Benefícios Obtidos pelo Movimento. Além dos                      efeitos positivos, Tissot também descreveu, pela primeira                      vez, as contra-indicações da prática                      excessiva deste esporte. De acordo com o autor, existem três                      formas de movimento: ativa, passiva e ativo-passiva, que é                      típica da equitação. Tissot ilustra os                      diferentes efeitos das várias andaduras, entre elas,                      o passo, considerado como sendo a mais eficaz do ponto de                      vista terapêutico. Gustavo Zander (sueco), fisiatra                      e mecanoterapeuta, em 1890 foi o primeiro a afirmar que as                      vibrações, transmitidas ao cérebro com                      180 oscilações por minuto, estimulam o sistema                      nervoso simpático. Comprovou sua afirmação                      sem associar ao cavalo. Em 1984, quase cem anos depois, o                      médico e professor Dr. Detlvev Rieder, chefe da unidade                      neurológica da Universidade Martin Luther, da Alemanha,                      mediu estas vibrações sobre o dorso do cavalo                      na andadura ao passo e, incrível coincidência,                      corresponde exatamente aos valores que Zander havia recomendado.                      Em 1901 foi fundado, na Inglaterra, o primeiro hospital ortopédico                      do mundo Hospital Ortopédico de Oswentry, em função                      da guerra dos Boers na África do Sul, o número                      de feridos era muito grande. Uma dama inglesa, patronesse                      daquele hospital, resolveu levar os seus cavalos para lá,                      a fim de quebrar a monotonia do tratamento dos mutilados.                      Este é o primeiro registro de uma atividade eqüestre                      ligada a um hospital. No Hospital Universitário de                      Oxford (1917), fundou o primeiro grupo de equoterapia, para                      atender o grande número de feridos da 1ª Guerra                      mundial, também com a idéia fundamental de lazer                      e de quebra de monotonia do tratamento
Após a Primeira Guerra Mundial, o animal entra definitivamente                      para a terapia médica. Os primeiros a realizarem este                      emprego foram os países escandinavos, seguidos pela                      Alemanha, França e Inglaterra.
Cabe registrar a inspiração e o estímulo                      que os diversos grupos interessados na atividade tiveram com                      o magnífico exemplo da dinamarquesa Liz Hartel, aos                      16 anos vítima da poliomielite, o seu quadro era grave                      que por muito tempo só se deslocava de cadeira de rodas                      e depois, muletas. Só que ela pratica equitação                      antes e, contrariando a todos, continuou a praticá-la.                      Oito anos depois, nas Olimpíadas de 1952, foi premiada                      com a medalha de prata em adestramento, competindo com os                      melhores cavaleiros do mundo. O público só percebeu                      seu estado quando ela, ao apear do cavalo para subir ao pódio,                      teve de se valer de duas bengalas canadenses. Esta façanha                      foi repetida quatro anos depois, nas olimpíadas de                      Melbourne, em 1956. A partir destes feitos, os resultados                      obtidos por ela despertam a atenção da classe                      médica, que passou a se interessar pelo programa da                      atividade eqüestre como meio terapêutico, tanto                      que, em 1954, já na Noruega, aparecia a primeira equipe                      interdisciplinar formada por uma fisioterapeuta e seu noivo,                      que era psicólogo e instrutor de equitação                      (ELSBET). Em 1956 foi criada a primeira estrutura associativa                      na Inglaterra.
Em 1965, na França nasceu a reeducação                      eqüestre, como mencionam De Lubersac e Lalleri na introdução                      de seu manual intitulado A Reeducação através                      da Equitação (1973), se bem que, em 1963, esta                      já fosse utilizada empiricamente, como menciona Killilea                      em seu livro de Karem com amor, onde conta a história                      de uma jovem deficiente reeducada com a equitação                      e natação.
Na França, logo notaram como esta atividade é                      uma possibilidade do portador de deficiência se recuperar                      e valorizar as próprias potencialidades. Em 1965, a                      equoterapia torna-se uma matéria didática e,                      em 1969, teve lugar o primeiro trabalho científico                      de equoterapia no Centro Hospitalar Universitário da                      Universidade de Salpentire, em Paris. Em 1972 foi feita a                      defesa da primeira tese de doutorado em medicina, em reeducação                      eqüestre, na Universidade de Paris, em Val-de Marne,                      pela Dra. Collette Picart Trintelin. Em 1974, na cidade de                      Paris, foi realizado o 1º Congresso Internacional, que                      a cada três anos se repete. 
No Brasil, este recurso terapêutico começou                      a ser valorizado em 1989, na Granja do Torto, em Brasília                      com a ANDE / BRASIL (Associação Nacional de                      Equoterapia), com o apoio dos profissionais de saúde                      do Hospital do Aparelho Locomotor – SARAH. No Rio de                      Janeiro este trabalho teve início em 1991 com a equipe                      da Escola de Equitação do Exército. Em                      fevereiro de 1995, a equipe da Escola de Equitação                      do Exército realizou um Curso de Informações                      Técnicas de Equitação Terapêutica                      / Equoterapia, junto com a Dra. Mary C. Woolverton (Vice-presidente                      da North American Riding for the Handicapped Association),                      associação que implantou essa modalidade terapêutica                      nos EUA, quando então realizou esse trabalho dentro                      de um HOSPITAL MILITAR para a recuperação dos                      soldados mutilados da guerra do Vietnã. A Drª                      Mary Woolverton prossegue coordenando os trabalhos da NAHRA,                      fundada em 1969, nos EUA.
Em 1995, a Universidade Gama Filho inseriu a hipoterapia                      como disciplina no currículo do curso de formação                      de Fisioterapia, ministrada pela Dra. Tânia Frazão.                    
Em 1999, foi realizado o primeiro Congresso Brasileiro de                      Equoterapia.
Atualmente esta equipe, que representa a AETERJ (Associação                      de Equoterapia do Estado do Rio de Janeiro) desenvolve este                      trabalho com fins terapêuticos em diversos centros,                      com uma equipe multidisciplinar (fisioterapeutas, psicólogos,                      terapeutas ocupacionais, professores de educação                      física, pedagogos, fonoaudiólogos, psicomotricistas                      e outros) e adota uma abordagem interdisciplinar.
A Equoterapia adota quatro momentos fundamentais, sendo eles:
 Programas Básicos
a) Hipoterapia - o cavalo como instrumento                      cinesioterapêutico. O cavalo se torna um instrumento                      dotado de ritmo, oscilação e corpo. Encontramos                      dois níveis de atuação: deficiente em                      situação apodal, quadrípede e bípede,                      ou ainda, psicoses graves, insuficiência mental e distúrbios                      relacionais.
b) Reeducação eqüestre                      - é a fase em que o cavalo é tido como instrumento                      pedagógico. Utiliza-se da arte eqüestre, com fins                      pedagógicos objetivando pacientes que já possuem                      alguma autonomia. Seu objetivo é a capacidade de conduzir                      o cavalo, adotando recursos pedagógicos como reforço                      visando os conceitos educativos. 
c) Pré-esporte – o cavalo como                      promotor da realidade social. Atividade na qual os praticantes                      trabalham individualmente ou em grupos, com o objetivo de                      organizar o espaço e o tempo e para preparar-se para                      a sua inserção na sociedade. Nesta fase são                      ensinados o trote e o galope. 
d) Esporte - o cavalo como promotor da inserção                      social. Onde o praticante é inserido (ou reinserido)                      na sociedade, esta fase promove a socialização                      e uma melhora na estruturação da personalidade.                      Assim, os jovens podem ter acesso a vários esportes                      eqüestres e participarem de diversas modalidades. Atualmente,                      existe o Hipismo Adaptado, forma de esporte para as pessoas                      portadoras de necessidade especiais, no qual participam praticantes                      de todo o Brasil.
 
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