Crianças com autismo têm mais neurônios e um cérebro mais pesado do que a média, aponta uma pesquisa publicada pela "JAMA", revista da Associação Médica Norte-americana. Foi um estudo pequeno e preliminar, mas a diferença encontrada é significativa.
Em média, os autistas têm 67% mais neurônios do que as outras crianças no córtex pré-frontal. Essa região do cérebro está ligada ao desenvolvimento social, emocional, comunicativo e cognitivo, áreas comprometidas pelas doenças do espectro autista.
Em média, os autistas têm 67% mais neurônios do que as outras crianças no córtex pré-frontal. Essa região do cérebro está ligada ao desenvolvimento social, emocional, comunicativo e cognitivo, áreas comprometidas pelas doenças do espectro autista.
“Portanto, o conhecimento da base neural do crescimento exagerado do cérebro poderia apontar os mecanismos que causam o autismo e esclarecer as falhas funcionais neurais que dão origem aos sintomas”, afirma o artigo assinado por Eric Courchesne, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA.
O estudo foi feito com cérebros de cadáveres de meninos com entre dois e 16 anos. Dos 13 indivíduos selecionados, sete eram autistas e outros seis não – o chamado grupo controle. Os anatomistas fizeram a análise e apresentaram os resultados com a quantidade de neurônios e tamanho dos cérebros sem saber o diagnóstico de cada um.
Além do número de neurônios, a massa do cérebro também mostrou uma grande diferença. Segundo os dados obtidos, o cérebro dos autistas é 17,6% mais pesado que a média geral. Entre os membros do grupo controle, a diferença é de apenas 0,2%.
“Nossa amostra de crianças autistas não foi grande o bastante para estudar estatisticamente a relação entre cérebro e comportamento. Futuros estudos com muito mais casos podem revelar relações importantes entre a contagem de neurônios e a severidade dos sintomas”, escreve o Courchesne.
Segundo os autores, esse é o primeiro estudo que testa quantitativamente a teoria de que o excesso de neurônios está ligado ao autismo.
Além do número de neurônios, a massa do cérebro também mostrou uma grande diferença. Segundo os dados obtidos, o cérebro dos autistas é 17,6% mais pesado que a média geral. Entre os membros do grupo controle, a diferença é de apenas 0,2%.
“Nossa amostra de crianças autistas não foi grande o bastante para estudar estatisticamente a relação entre cérebro e comportamento. Futuros estudos com muito mais casos podem revelar relações importantes entre a contagem de neurônios e a severidade dos sintomas”, escreve o Courchesne.
Segundo os autores, esse é o primeiro estudo que testa quantitativamente a teoria de que o excesso de neurônios está ligado ao autismo.