Autismo
A importância do envolvimento da família
ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA
Tanto não Perturbação do Espectro Autista como noutras perturbações, o envolvimento da família é muito importante. Os pais não são apenas aconselhados pelos terapeutas, são co-terapeutas na medida em que participam no processo de delineação dos objectivos da intervenção únicos e específicos para aquela criança.
Estes têm direito de possuir a informação sobre as melhores formas de auxiliarem os seus filhos e de, em conjunto com o terapeuta, perceberem quais são os objectivos mais importantes para a criança. Como tal, devem estar consciencializados que a sua relação com os terapeutas deve ser harmoniosa e de confiança de modo a obterem o melhor para o seu filho.
Estratégias para os pais:
Brincar com a criança sem comandar a brincadeira(Jelínková)
Os pais devem explicar aos filhos que só as pessoas ignorantes fazem troça dos deficientes(Jelínková)
Os pais devem recompensar o filho autista quando faz algo positivo(Jelínková)
Os pais não devem forçar o filho a realizar actividades/brincadeiras que ele não gosta ou não consegue fazer, para que este não se sinta um falhado(Jelínková)
Os pais devem interagir e incentivar a criança á realização de actividades da vida diária, como ir levar o lixo, colocar a mesa, tomar banho, vestir-se sozinho etc(Jelínková)
Os pais devem ser informados de que é normal o seu filho autista não corresponder aos seus sentimentos (Jelínková)
Devem ensinar a iniciar, manter e terminar uma determinada interacção,
nomeadamente numa conversa (Martins, 2000)
Devem encorajar a presença de um amigo que brinque com a criança em casa(Martins, 2000)
Devem inscrever a criança em associações, agremiações, ou clubes, como por exemplo os Escuteiros(Martins, 2000)
Os pais devem levar o filho autista a passear em locais públicos(Mello)
Devem organizar actividades em horários pré-fixos por forma a estabelecer uma determinada rotina, como por exemplo, jantar, vestir o pijama, colocar na cama e apagar as luzes(Mello)
Em algumas actividades do dia a dia, que se tornam rotineiras, a orientação para os pais deve de ser a de fomentar a variabilidade, como por exemplo, mudar o seu local na mesa, variar o canal da TV preferido dele, alterar o caminho para a escola, pois estas não são imutaveis e é bom que aprenda isto desde cedo(Mello).
Pais que tenham outros filhos para além do filho autista:
Os pais devem explicar aos irmãos saudáveis que o irmão é autista, explicando-lhes o que significa essa deficiencia, evitando que mais tarde estas crianças criem a sua propria definição de autismo(Jelínková).
Os pais devem reservar pelo menos alguns minutos por dia para falar da criança autista aos irmãos(Jelínková).
Os pais não devem fazer distinções entre o filho saudável e o filho autista(Jelínková).
Os pais devem gerir as actividades entre os irmãos para reduzir o insucesso(Jelínková).
Os irmãos devem brincar juntos para ajudar na interacção social do filho autista (Jelínková).
Programa de intervenção dirigido para casa
O programa dirigido para casa é baseado no modelo de DIR e prevê:
A criança é capaz de imitar e fazer gestos complexos de resolução de problemas – Os programas levados a cabo, em casa, devem apostar nas interacções dinâmicas de resolução de problemas, orientadas pelo adulto, que apoie a criança no alcance de objectivos cognitivos, sociais e educacionais.
A criança não é capaz de imitar ou de usar gestos complexos de resolução de problemas – Nesta situação os exercícios devem ser mais estruturados, de forma a ensinar competências cognitivas, sociais, emocionais e de linguagem.
Por outro lado podem os pais explorar actividades e exercicios motores, sensoriais e visuo – espaciais como: correr e saltar, atirar e agarrar ou chutar, brincar ao esconde-esconde e a caça ao tesouro, respectivamente, se a criança se encontrar no periodo pré escolar poderão desenvolver-se exercícios pré-académicos de leitura e matemática.
Referências bibliográficas:Jelínková M. Família. Os irmãos das crianças com autismo. Acedido em:27 Dezembro 2008, em: http://socrates.simbiose.com/document.php?did=58&mid=23
Martins A. Fernandes A. Palha A. Sindrome de Aperger-Revisão Teorica. 2000. Acesso em 27 Dezembro 2008; 29: 47-53. Disponivem em: http://amrf.no.sapo.pt/SA.pdf
Maia, M. (2009). Apontamentos policopiados: D.I.R.: Modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças Individuais e na Relação. Aula do dia 14 de Janeiro de 2009.
Fonte: http://conheceroautismo.blogspot.com.br/2009/01/envolvimento-da-famlia_15.html
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